sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

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Relatos de crianças obesas



C. A. R S, 37 anos, manicure. Mãe de A. 10 anos e M. 9 anos. Apesar da pouca idade, A. já pesa 58 quilos e tem 1,48m e M. está com 52 quilos e tem 1,38m de altura
 
''Achava que minhas filhas eram fofinhas. Mas jamais imaginei que elas estivessem obesas. Na minha família, comida era sinônimo de saúde. Então, eu pensava que quanto mais alimentadas minhas filhas estivessem, mais saudáveis elas seriam. E vivia oferecendo comida. Depois do jantar, sempre dava um chá com bolachas, um chocolate. Se elas não dormiam, achava que estavam com fome e dava ainda mais comida. Quando deixavam comida no prato, eu fazia chantagem emocional, dizendo que milhares de pessoas no mundo estavam morrendo de fome enquanto elas desperdiçavam comida. Só me dei conta da obesidade quando elas ganharam roupas de amigas da mesma idade. O problema é que nada servia para elas. Além disso, tanto a A. quanto a M. já têm celulite e estrias provocadas pela obesidade. Isso faz com que elas não queriam usar saias ou blusas curtas que mostrem os braços e a barriga. Neste momento, percebi que elas não eram crianças ativas e não gostavam de conviver com outras meninas. Elas só brincavam entre elas, dentro de casa. Falavam que as outras garotas eram chatas, porque as chamavam de gordas. Resolvi procurar ajuda e encontrei o Instituto Movere, uma ONG que promove um trabalho com crianças obesas carentes. Elas vão a uma academia de ginástica duas vezes por semana e estão passando por uma reeducação alimentar. Aliás, toda a família está mudando os hábitos alimentares. Ao invés de comermos três pães no café da manhã, agora cada um come um. Os refrigerantes sumiram da geladeira.''

 

 

 

 

 

 

 
"A obesidade infantil aumentou cinco vezes nos últimos 20 anos no Brasil, acusa a nutricionista Sylvia Elisabeth Sanner, de São Paulo. Entre as principais consequências, ela cita aumento de casos de diabetes e problemas cardiovasculares, além do aumento dos níveis de colesterol e triglicérides. De acordo com o médico-nutricionista Fábio Ancona Lopez, vice-presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo, a obesidade infantil já atinge cerca de 10% das crianças brasileiras. Independente das cifras, o médico argentino Júlio Ribeiro afirma, categórico, que a obesidade é uma das piores aquisições da civilização".

O Que é Obesidade


    A obesidade é uma enfermidade crônica que se acompanha de múltiplas complicações, caracterizada pela acumulação excessiva de gordura em uma magnitude tal que compromete a saúde, explica o Consenso Latino Americano em Obesidade. Entre as complicações mais comuns está o diabete mellitus, a hipertensão arterial, as dislipidemias, as alterações osteomusculares e o incremento da incidência de alguns tipos de carcinoma e dos índices de mortalidade.
    A obesidade é ainda o resultado de ingerir mais energia que a necessária. Não há dúvidas que este consumo excessivo pode iniciar-se em fases muito remotas da vida, nas quais as influências culturais e os hábitos familiares possuem um papel fundamental. Por isso dizemos que a obesidade possui fatores de caráter múltiplo, tais como os genéticos, psicosociais, cultural-nutricionais, metabólicos e endócrinos. A obesidade, portanto, é gerada pela interação entre fatores genéticos e culturais, assim como familiares.
   Ainda de acordo com o Consenso, existe uma clara tendência entre os membros de uma mesma família possuírem um índice de massa corporal (IMC) similar. São várias as publicações científicas que demonstraram uma correlação entre o IMC de pais e filhos, o que sugere que, provavelmente, tanto os genes como um ambiente familiar compartilhado, contribuem ao desenvolvimento da obesidade.

Fatores Psicológicos Também Influem na Obesidade

     Também se leva em conta a influência das desordens emocionais e dos fatores psicológicos na prevalência da obesidade. De acordo com alguns autores da psicologia, citados pelo psicólogo Fernando Falabella Tavares de Lima em artigo publicado no site Bibliomed, do grupo eHealth Latin America, mecanismos psíquicos de fixação oral, regressão oral e supervalorização dos alimentos são de grande impacto na forma como as pessoas desenvolvem hábitos alimentares. É comum, por exemplo, que uma história passada de depreciação da imagem corporal e insuficiente condicionamento primitivo do controle do apetite leve aos transtornos alimentares, tais como a bulimia, a anorexia e também a obesidade.
     No entanto, além das influências genéticas, psicológicas e familiares, o fenômeno migratório do campo para a cidade, característica das mudanças ambientais mais importantes deste século na América Latina, foi dos fatores mais importantes para o incremento dos índices de obesidade. Acrescentou-se nos hábitos de vida o sedentarismo e o consumo de alimentos processados com maior conteúdo de gorduras, carboidratos e menor aporte de fibra. Os aspectos sociais da obesidade são abordados nesta reportagem mais à frente.

A Obesidade na Infância

     Uma criança é considerada obesa quando ultrapassa em 15% o peso médio correspondente à sua idade, desde que o excesso de peso corresponda ao acúmulo de lipídios, fato que pode ser avaliado pela espessura da prega cutânea. No entanto, não é fácil estabelecer parâmetros que definam, com precisão, o limite entre peso normal, sobrepeso e obesidade.
     Não há como separar o termo obesidade de excesso de gordura corporal. "Admite-se que para a raça humana, a percentagem de gordura corporal situe-se entre 15 e 18% para o sexo masculino e entre 20 e 25% para o sexo feminino. Podem ser considerados obesos os homens com percentual superior a 25% e as mulheres com mais de 30%".

Desnutrição Intrauterina Pode Favorecer Obesidade na Infância e Vida Adulta

    Há ainda o fator da desnutrição intrauterina, que pode predispor a criança à obesidade, quando existe desnutrição intrauterina, sobretudo a partir da 30ª semana de gestação, e até que a criança cumpra um ano de idade, se produz um aumento da sensibilidade para a proliferação de adipositos.
Se estas crianças recebem um aporte maior que o necessário da etapa pós-natal e principalmente durante os dois primeiros anos de vida, desenvolvem obesidade com maior facilidade, diz o estudo, aparentemente devido a modificações dos centros reguladores do apetite, situados no sistema nervoso central. Outras pesquisas projetam que estas crianças, ao crescer, apresentarão maior incidência de resistência à insulina, diabetes mellitus tipo II, hipertensão arterial e enfermidade coronária. Estas condições se evitam se não for favorecida a dita sobrenutrição pós-natal.

Acompanhamento Alimentar na Infância

    Visando a prevenção do aumento da população obesa no país, é essencial que se tome por ponto de partida o acompanhamento alimentar rigoroso na infância, mesmo desde o nascimento, a obesidade infantil está relacionada, logo na primeira infância, com o desmame precoce e a utilização de farinhas para "engrossar" o leite das mamadeiras. Diferentemente do leite materno, o leite de vaca usado na mamadeira contém sódio e gordura já em excesso. É recomendável, portanto, que o recém-nascido tome o leite materno até, no mínimo, o sexto mês.
     Outro fator, é o aumento do consumo, por parte das crianças, de alimentos industrializados do tipo "junck food", como, por exemplo, salgadinhos em pacote, que possuem elevados teores de sal, colesterol e calorias. Da mesma forma, o aumento do consumo de "fast food" influencia significativamente o crescente consumo de alimentos gordurosos, como maionese e batatas fritas.
      O fato das crianças acostumarem-se com o sabor doce logo nos primeiros meses de vida, quando muitas mães acrescentam açúcar às mamadeiras de leite, também contribuiu para o elevado consumo de açúcar entre as crianças, sendo um dos motivos da obesidade infantil, na avaliação da especialista.
Além disso, o sedentarismo, devido a muitas horas na frente da televisão, também tem grande influência, pois a diminuição da atividade física leva ao menor gasto energético.
A falta de informações sobre alimentação saudável e equilibrada. "O grau de instrução da mãe é relevante como indicador da qualidade de alimentação da criança", avaliou.

Prevenção da Obesidade Infantil

     É importante que as crianças, já a partir dos 4 ou 6 meses de vida, tenha uma dieta variada, colorida, que possua sabores e texturas diferentes, uma vez que os seus hábitos alimentares serão formados ainda nos seus primeiros anos. Ela recomenda que os horários das refeições sejam bem estabelecidos e que se evite longos períodos sem alimentação. "Nos intervalos das refeições principais devem ser incluídos lanches que podem conter, por exemplo, leite, frutas e pão, ou cereais", para que a criança tenha uma alimentação equilibrada, é recomendável que consuma, pelo menos, um alimento de cada um dos três grupos abaixo, em cada refeição:

- Reguladores: frutas, verduras e legumes. São as fontes de vitaminas, minerais e fibras;

- Energéticos: cereais, pães, macarrão, batata, mandioca, farinhas, etc. Estes são as fontes de carboidrato, que fornecem energia ao organismo.

- Construtores: são ricos em proteínas, cálcio e ferro e compreendem as carnes de vaca e frango, peixes, ovos, leite e derivados e as leguminosas como os feijões, ervilha, lentilha, grão-de-bico, soja, etc.
   Além disso,  recomenda-se que se aumente o nível de atividade física da criança, que se diminua os alimentos gordurosos, excluindo as frituras do seu cardápio e utilizando pouco óleo na preparação dos alimentos. Ela acrescenta ainda que se substitua os refrescos artificiais e os refrigerantes por sucos naturais de frutas, além de diminuir o consumo de doces e açúcar e dos alimentos de "fast food" e "junck food", dando sempre preferência aos alimentos frescos e naturais. Pesquisas demonstraram que é importante que o teor de gordura nunca ultrapasse 25% do total da alimentação da criança.
    Em crianças que já sofrem com a obesidade, sugere-se uma educação nutricional, e não uma dieta, para que os resultados sejam de longo prazo. Do mesmo modo, é importante que a família também siga as mesmas normas alimentares, e que não se utilize o alimento como prêmio ou punição na educação da criança. De acordo com estudos sobre o assunto, 20% das crianças têm sucesso no tratamento da obesidade, as chances de vencer a obesidade diminuem à medida que o problema persiste na adolescência e na fase adulta, chegando a diminuir em 80% para quem é adulto.
    Nesta conta, os alimentos reguladores da lista, banana, laranja, maçã, tomate, cebola, cenoura e alface, correspondem a 41,23%, ao passo que os energéticos, compostos pelo pão, arroz, batata e macarrão, correspondem a 19,41% e os construtores, que incluem o leite, o frango e o feijão, levam 39,96%. É natural que em uma família que viva com um salário mínimo de R$ 151,00, para alimentar em média quatro pessoas, priorize-se o grupo alimentar mais barato, ou seja, o dos energéticos. Coincidentemente, é também o grupo mais calórico.
    Os Índices da Obesidade Relacionam-se Com a Pobreza das Populações, Mas Também Com o Seu Avanço na Distribuição de Alimentos
    A obesidade tomou proporções epidêmicas. A conclusão é unânime entre os estudiosos do tema. Somente no Brasil houve um crescimento da prevalência de sobrepeso e obesidade de 53% ao comparar os censos dos anos 74/75 com o de 89. Ao continuar neste ritmo, todos os brasileiros serão obesos na primeira metade do terceiro milênio. Ao contrário do que se poderia pensar, o crescimento epidêmico é predominante nas classes menos favorecidas.

Pré - Projeto

Introdução

  Nós alunos do 1° e 2° semestre do curso de nutrição da Universidade Paulista, estamos desenvolvendo um projeto que chama-se Ensinar e Aprender com Gêneros juntamente com a professora Joana Ormundo na disciplina de Comunicação e Expressão.
Iremos abordar no decorrer da nossa pesquisa sobre a Obesidade Infantil. Pretendemos demonstrar as causas e consequências do problema em questão.

Objetivo

   Pretendemos alertar sobre as causas, os malefícios e os problemas que acarretam na saúde das crianças decorrente da obesidade.

Justificativa

    Escolhemos esse tema, pois está havendo uma grande preocupação em relção a saúde das crianças no Brasil, além do grande aumento no índice de casos de obesidade infantil.

Metodologia

Os passos as serem desenvolvidos são:

  • Relatos de crianças e Famílias;
  • Vídeos;
 Referências Bibliográficas

  http://www.youtube.com.br/
  http://www.google.com/
  Livros:
 Obesidade infantil: aspectos emocionais e vínculo mae/filho
 Patricia Vieira Spada